FOME NA AMÉRICA
MÉXICO

EUA (AMÉRICA DO NORTE)

Família típica norte americana
PREÇO DOS CEREAIS
AMÉRICA DO SUL

fontes: http://www_onu.org.br/33-milhoes-de-pessoas-passam-fome-na-america-do-sul-afirma-fao

País emergente com economia dependente dos Estados Unidos, tenta diversificar a exportação para sair dessa condição. Segundo o Conselho Nacional de Avaliação da Política de Desenvolvimento Social (Coneval), de uma população próxima aos 110 milhões, 51,3% vive na pobreza, ou seja, 55 milhões de mexicanos carecem dos recursos básicos para cobrir as necessidades básicas. O número resulta aterrorizante ao aumentar o espiral de pobreza ano após ano sem que existam soluções. Em 2008, o número de pessoas nessas condições era de 50,6 milhões, primcipalmente em Chiapas, Veracruz, Tabasco, Baixa Califórnia, Puebla, Jalisco, Guanajuato, Oaxaca, Guerrero, Morelos, Chihuahua e no Distrito Federal. Desde que o então presidente Carlos Salinas de Gortari aprovou em dezembro de 1992 o Tratado de Livre Comércio para a América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), que entrou em vigor em janeiro de 1994, a fome e a pobreza se tornaram os maiores males dos aztecas, unido à enorme violência dos cartéis de drogas na luta por transportar essa mercadoria ao maior consumidor de entorpecentes no mundo: os Estados Unidos. Uma das piores consequências do Nafta é a de ter obrigado mais de 2 milhões de camponeses, com seus familiares, a abandonar as terras que arrendavam pelos baixos preços dos produtos e o abandono governamental. Ao negociar a livre exploração de mercadorias, as empresas transnacionais e os agricultores estadunidenses (com enormes subsídios governamentais e modernas tecnologias de produção) inundaram os mercados mexicanos em detrimento de comerciantes e agricultores nacionais. As transnacionais de alimentos que operam dentro do país se tornaram as principais produtoras, importadoras, exportadoras e praticamente se dominaram a economia azteca. Várias fontes de trabalho desaparecem pela compra e concentração de terras por essas companhias, e pela utilização de novas técnicas industriais na agricultura. Pequenas fazendas foram eliminadas por enormes empórios como Tyson, Smithfield, Pilgrims Pride que se apoderaram da produção de gado ao mesmo tempo que provocam a poluição da água e da terra pelo afã de aumentar as produções sem cuidar do meio ambiente. Como afirmam os empresários, afinal, o país não é deles. O milho, alimento básico ancestral mexicano cuja produção nacional abastecia toda a população e ficavam excedentes para a exportação, foi praticamente eliminado dos campos desde a entrada em vigor do Nafta, ao quadruplicar as importações desse grão oriundo dos Estados Unidos. Com o aumento dos preços internacionais dos alimentos, provocado muitas vezes pelas companhias intermediárias (entre as quais se destacam Maseca /Archers, Daniel Midland e Cargill) que brincam com a fome dos pobres para se enriquecer, os preços das tortilhas de milho são quase inalcançáveis para os mexicanos. Se antes do Nafta o país gastava 1,8 bilhões de dólares com importação de alimentos, agora investe em 24 bilhões com a alta dependência de soja, 95%; arroz, 80%; milho, 70 %; trigo, 56 % e feijão, 33 %. Graças ao Nafta, funcionários do Departamento de Agricultura em Washington afirmam que nos próximos anos o México deverá adquirir 80% dos alimentos em outros países, principalmente nos Estados Unidos. Sob as rédeas do Tratado de Livre Comércio, muitos analistas consideram a nação azteca uma dependência de Washington, devido às leis neoliberais que permitem às companhias estrangeiras utilizar mão de obra barata para suas produções, explorar os recursos naturais, extrair petróleo a preços preferenciais e exportar os excessos de mercadorias norte-americanas para esse país. Nos últimos anos, várias nações, entre as que se destacam Venezuela, Bolívia, Equador, Argentina, Nicarágua e Brasil possibilitaram que os índices de pobreza se reduzissem ao realizar políticas sociais a favor dos seus habitantes e tomar medidas para que as transnacionais não roubem suas economias. O aumento da desigualdade é outro aspecto que afeta a nação azteca já que, enquanto a metade da população não pode ter acesso às necessidades alimentares, educacionais ou de saúde, só oito magnatas nacionais possuem uma fortuna de mais de 90 bilhões de dólares que equivale a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. O tratado permitiu o enriquecimento de uma minoria nativa, e ao mesmo tempo possibilitou Washington manter um maior controle sobre a economia azteca em detrimento do seu povo.
fonte: http://www_cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=21536EUA (AMÉRICA DO NORTE)
Família típica norte americana
PREÇO DOS CEREAIS
Nos Estados Unidos os bois são empanturrados de acordo com um método altamente científico. Consomem por ano cerca de 500 mil toneladas de todo tipo de cereais. No Midle West norte americano e na califórnia os bois se alimentam de cereais em imensos recintos climatizados denominados feed lots, por meio de um sistema eletrônico de distribuição regular de alimento. Os animais são mantidos alinhados e imóveis. Uma só dessas instalações para gado pode albergar mais de 10.000 animais. Calcula-se que a quantidade de milho consumido anualmente pela metade dos feed lots californianos é maior do que o conjunto das necessidades de um país como a Zâmbia, onde esse cereal é um alimento essencial, e, além disso, é devastado por uma subalimentação crônica. Outro problema é o preço desses cereais nas bolsas de valores. Para os donos da bolsa de Chicago, por exemplo, pouco importa se os governos da Etiópia, Chade ou do Haiti, comprometidos numa luta contra a fome, não podem pagar esses preços. O que importa é a garantia de seus lucros exorbitantes.
AMÉRICA DO SUL

Apesar de ser uma das regiões que mais produz alimentos, a América do Sul ainda tem mais de 33 milhões de pessoas passando fome. Juntos, América Latina e Caribe possuem uma população de 597 milhões de pessoas e produzem comida suficiente para alimentar 746 milhões. Estes números mostram que “a fome é fundamentalmente um problema de acesso aos alimentos e não de disponibilidade”, afirmou o Representante Regional da Organização da ONU para Alimentação e Agricultura (FAO) para América Latina e Caribe, Raul Benitez. “É inaceitável que ainda haja fome em uma região que produz uma quantidade de comida que é bem acima de suas necessidades. Para isso, é preciso continuar a trabalhar com os governos para criar políticas para melhorar a distribuição dos benefícios do crescimento econômico e produção agrícola, apoiando-os para alcançar a meta de erradicar a fome, uma meta que sabemos ser perfeitamente possível”, declarou Benitez. No entanto, histórias de sucesso mostram que estados comprometidos com a segurança alimentar podem fazer progressos significativos na redução da fome. Haiti, Nicarágua, Peru e Brasil, entre outros, reduziram os níveis de subnutrição em magnitudes diferentes, mas de forma constante ao longo das últimas duas décadas, movendo-se no sentido de atingir o primeiro dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM). Na América do Sul, o Peru reduziu a desnutrição em mais de 20 pontos percentuais nas últimas duas décadas, de 32,6% em 1990-92 para 11,2% no período de 2010-12, enquanto o Brasil tem empreendido uma grande campanha para acabar com a fome, incentivando grandes mudanças. O país tem agora níveis de desnutrição de 6,9%, um dos maiores avanços na região.
fontes: http://www_onu.org.br/33-milhoes-de-pessoas-passam-fome-na-america-do-sul-afirma-fao