quarta-feira, 27 de março de 2013

Agenda

Eventos acadêmicos: 


Qual deles você vai participar? Confira nos sites as datas para envio dos trabalhos

Acesse: http://www.xxiensul.com.br/


Acesse http://www.enanpege.ggf.br/2013/



FORMAÇÃO, PESQUISA E PRÁTICAS
DOCENTES: REFORMAS CURRICULARES
EM QUESTÃO

15 a 19 de setembro de 2013 | João Pessoa - PB

terça-feira, 26 de março de 2013

Dica


Compartilhando o saber: Sugestão de links e atividades


 O professor Gabriel Egidio de Carmo conta sua história na cerimônia de
premiação da Viagem do Conhecimento 2011 - Desafio National Geographic
Publicado no Blog http://suburbanodigital.blogspot.com.br/p/exercicios-de.html, o professor Gabriel Egidio do Carmo, selecionou links(encontrados na internet) com atividades, exercícios, simulados, questões do Enem e  de vestibulares para você utilizar na sua sala de aula de Geografia. 

Caderno de Exercícios de Geografia: Formação Territorial e Geopolítica Brasileira; Relevo brasileiro; Clima brasileiro; Vegetação brasileira; Hidrografia Brasileira; Fontes de Energia no Brasil; Agropecuária Brasileira; Demografia Brasileira; Urbanização Brasileira; Industrialização brasileira; Comércio Externo Brasileiro; Recursos Econômicos; Política Econômica, Transportes e Meio Ambiente no Brasil.

Exercícios de Geografia Resolvidos sobre a Industrialização 
Lista de exercícios e questões de vestibulares sobre Industrialização
Lista de exercícios e questões de vestibulares sobre Fusos Horários

 Exercícios de Geografia Resolvidos sobre a Região Centro-Oeste 
Lista de exercícios e questões de vestibulares a região Centro-Oeste
  
Exercícios Resolvidos de Geografia sobre a Região Nordeste
 Lista de exercícios e questões de vestibulares a região Nordeste

Exercícios Resolvidos de Geografia sobre a Região Sul 
Lista de exercícios e questões de vestibulares a região Sul. 

Exercícios de Geografia resolvidos sobre a Região Norte 
Lista de exercícios e questões de vestibulares a região Norte

Exercícios Resolvidos de Geografia sobre Fusos Horários
Lista de exercícios e questões de vestibulares a região Fusos Horários

Exercícios de Geografia resolvidos sobre as formas de relevo 
Geografia - Lista de exercícios e questões de vestibulares sobre as formas de relevo

Exercícios de Geografia sobre a dinâmica das paisagens 

Exercícios de Geografia Resolvidos sobre o Desenvolvimento Sustentável
Geografia -  Lista de exercícios e questões de vestibulares sobre o Desenvolvimento Sustentável

Exercícios Resolvidos de Geografia sobre domínios morfoclimáticos brasileiros 
Geografia -  Lista de exercícios e questões de vestibulares sobre os domínios morfoclimáticos brasileiros 

Exercícios resolvidos de Geografia sobre o conceito de Lugar
Geografia -  Lista de exercícios e questões de vestibulares sobre o conceito de lugar

Exercícios Resolvidos sobre as etapas da Industrialização e o Espaço Geográfico
Geografia - Lista de exercícios e questões de vestibulares sobre industrialização e espaço geográfico 

Exercícios Resolvidos sobre Geopolítica e Economia 
Geografia - Lista de exercícios e questões de vestibulares sobre Geopolítica e Economia

Exercícicios Resolvidos sobre a Revolução Industrial 
Geografia - Lista de exercícios e questões de vestibulares sobre a Revolução Industrial 

Exercícios resolvidos sobre migração no Brasil
Lista de exercícios e questões de vestibulares sobre migração no Brasil. 

Exercícios resolvidos sobre indústrias no Brasil
Lista de exercícios e questões de vestibulares sobre indústrias no Brasil. 

Exercícios sobre fontes de energia renováveis - Enem
Lista de exercícios e questões do Enem sobre Energias Renováveis

Exercícios resolvidos sobre Agricultura
Lista de exercícios e questões de vestibulares sobre Agricultura no Brasil e no mundo

Exercícios resolvidos sobre a questão agrária brasileira
Lista de exercícios e questões de vestibulares sobre a questão agrária brasileira.

sexta-feira, 22 de março de 2013

ÁGUA

2013 é o ano da Cooperação pela Água, diz ONU
ONU promove campanha que busca melhorar o intercâmbio entre os países do mundo todo em relação à água

Diante do crescente aumento pela demanda da água e a diminuição de sua disponibilidade no mundo, a Organização das Nações Unidas (ONU) declarou 2013 como o Ano Internacional para a Cooperação pela Água. O objetivo da entidade é incentivar a conscientização da população mundial sobre os desafios de manejo deste bem natural e promover uma maior interação entre as nações no assunto, além de amenizar as tensões pela disputa do líquido. 

“Pretendemos pôr um enfoque na importância da cooperação, precisamente do trabalho em conjunto, do diálogo, para evitar conflitos em casos de cursos de água transfronteiriços. Há tensões que podem ser evitadas se nós cooperarmos. Se sentarmos à mesa de negociações com os diferentes países que partilham um determinado curso de água, podemos tentar arranjar as melhores soluções e assegurar que consigam ter água suficiente para aquilo que necessitam.”, disse à Rádio ONU de Lisboa a relatora especial para o Direito à Água e Saneamento, Catarina de Albuquerque.

A campanha não irá se limitar apenas ao dia 22 de março, quando se comemora o Dia Internacional da Água. Ao longo do ano inteiro planeja-se a realização de eventos, programas e palestras sobre o assunto. O primeiro evento, a Conferência Anual da ONU sobre Água, ocorreu entre os dias 8 e 10 de janeiro, em Zaragoza, na Espanha. No evento foram apresentadas alternativas de cooperação entre países e organizações, como a plataforma Aquastat, um banco de dados da Organização para Alimentação e Agricultura que reúne informações oficiais sobre a hidrografia mundial. 

O Ano Internacional para a Cooperação pela Água pode ser acompanhado pelo site da ONU Água.


quinta-feira, 21 de março de 2013

21 de Março


Hoje é o Dia Internacional das Florestas, instituído pela FAO

A partir de 2013, esse dia será observado a cada ano para comemorar e despertar conscientização acerca da importância das florestas e árvores para todas as formas de vida na Terra

 
A comemoração oficial do Dia da Árvore começou no estado norte-americano de Nebraska, em 1872. John Stirling Morton foi o responsável por difundir o conceito de dedicar um dia do ano à plantação ordenada de diversas árvores para resolver o problema da escassez de material lenhoso.
Em 1971 e na seqüência de uma proposta da Confederação Européia de Agricultores, que mereceu o melhor acolhimento da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura), foi estabelecido o Dia Florestal Mundial com o objetivo de sensibilizar as populações para a importância da floresta na manutenção da vida na Terra. Em 21 de Março de 1972 - início da Primavera no Hemisfério Norte - foi comemorado o primeiro DIA MUNDIAL DA FLORESTA ( ou Dia Internacional da Floresta) em vários países da Europa e do mundo.
E aqui no Brasil a nossa homenagem neste dia é para a Floresta da Tijuca no Rio de Janeiro, a maior floresta artificial do mundo, também é a maior em área urbana.
Quer saber mais?
Preocupado com a falta d’água que afetava a cidade do Rio de Janeiro, D. Pedro II mandou plantar a Floresta da Tijuca em 1861, sendo este o primeiro exemplo no Brasil, de reconstituição de cobertura vegetal com espécies nativas.
Quando a cidade começou a crescer com a chegada da família real, as florestas e matas circundantes começaram a ser devastadas para plantio, e suas madeiras eram usadas, para lenha e carvão. Com as plantações de café a coisa piorou ainda mais e até as encostas das montanhas foram devastadas. Por quatro vezes seguidas, na primeira metade do oitocentos, o Rio de Janeiro foi castigado por secas e com a devastação das matas houve um comprometimento das nascentes dos rios.
Um trabalho planejado, com a desapropriação prévia, desde 1854, de terrenos, sítios e propriedades onde estavam as nascentes, foi iniciado visando o reflorestamento com espécies nativas. Logo no primeiro ano, o administrador da floresta plantou 13.500 mudas.
Apesar da forma pouco técnica e pouco científica com que o trabalho foi realizado durante longos anos, apesar da incompreensão dos órgãos públicos que cortavam as verbas sempre, no final do século já haviam sido plantadas 90.000 árvores e havia "nascido" uma magnífica floresta que hoje emoldura e protege a cidade do Rio de Janeiro e que foi transformada neste século, em parque municipal, tornando-se num dos lugares mais visitados pela população local e pelos turistas.
Floresta da Tijuca, Rio de Janeiro
Descrição:
É a maior floresta artificial do mundo, também é a maior em área urbana. Compõe-se de 3 grandes conjuntos de matas separados por eixos rodoviários que lhe permitem acesso fácil e rápido a partir dos bairros com que faz fronteira: Tijuca, Botafogo, Jardim Botânico, Gávea, São Conrado, Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Grajaú, Vila Isabel, Rio Comprido e Laranjeiras.
Com muitos pequenos animais vivendo livremente em área de mata fechada, possui rios, quedas d'água, lagos, mirantes, pontos de parada com mesas e "play-grounds" etc..
Entre seus muitos destaques estão o Açude da Solidão, o Bom Retiro, a Capela Mayrink, a Cascata Gabriela, a Cascata Taunay (Cascatinha), o Excelsior, a Gruta Paulo e Virgínia e a Gruta Luiz Fernandes.
É uma área de lazer pela qual se pode passear a pé, de bicicleta, motocicleta ou automóvel; a observação a partir de aviões ou helicópteros é permitida, mas vôos rasantes (menos de 300 m de altura) não são permitidos em nenhum dos parques nacionais do Brasil. Escaladas e pique-niques são atividades permitidas. O ingresso de animais domésticos (cães, gatos, cavalos etc.) não é permitido.
Sendo área de proteção ambiental, não são permitidos atos que possam perturbar o sossego dos animais ou causar qualquer outro prejuízo ao meio-ambiente, como jogar detritos nas matas, usar objetos sonoros que perturbem o ambiente, coletar espécimes de qualquer natureza (animal, vegetal ou mineral), caçar ou pescar, perseguir animais, fazer fogueiras, lavar automóveis etc..
É o segundo menor parque nacional do Brasil, com área aproximada de 3300 ha (33 Km²).
Embora seja muito conhecido como Floresta da Tijuca, na verdade a Floresta da Tijuca é apenas uma das muitas partes que compõem o Parque Nacional da Tijuca.

Porque que esta iniciativa de D. Pedro II não se concretiza em outras cidades brasileiras?"

quinta-feira, 14 de março de 2013

Atualidade


Arte/UOL

IDH do Brasil avança, mas fica abaixo da média da América Latina


Apesar de apresentar melhora no IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) nas últimas duas décadas, o Brasil ainda tem uma taxa menor que a média dos países da América Latina e Caribe. Segundo o relatório do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), divulgado nesta quinta-feira (14), com base em números referentes ao ano de 2012, o Brasil teve um aumento de 24% do seu IDH desde 1990, proporção superior à de outros países da América Latina. No mesmo período, a Argentina aumentou seu índice em 16%; o Chile, em 17%, e o México em 18%. De acordo os dados, o país foi o 14º do mundo que mais reduziu o deficit de IDH em 22 anos, à frente de países mais desenvolvidos.
O IDH é a referência mundial para avaliar o desenvolvimento humano a longo prazo. O índice é calculado a partir de três variáveis: vida longa e saudável (medida pelo indicador expectativa de vida), acesso ao conhecimento (medido pelos índices média de anos escolaridade em adultos e anos esperados de estudo) e e um padrão de vida decente (calculado a partir da renda nacional per capita).
Segundo o relatório, o IDH brasileiro é de 0,73 em uma escala que vai de 0 a 1.  Quanto mais próximo de 1, melhor o desempenho do país. O Brasil ocupa a 85ª posição em um ranking composto por 187 países e territórios -- mesma posição do ranking de 2011, considerando o recálculo feito pelo Pnud. Com esse valor, o Brasil está no grupo de "alto desenvolvimento humano", mas ainda fica atrás da média da América Latina: 0,741. Apesar de a ONU reconhecer mais países membros, o ranking só considera 187 porque nações como a Coreia do Norte e Somália não disponibilizam dados para coleta.
Considerando apenas o índice de 2012, o Brasil tem desempenho pior que países como Chile (40º colocado, o melhor entre os latino-americanos) e Argentina (45º). O país está empatado com a Jamaica na 85ª colocação. Porém, de acordo com o Pnud, "é enganoso comparar valores e classificações com os de relatórios publicados anteriormente, porque os dados subjacentes e os métodos mudaram".
Quando comparado a países dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil aparece com o segundo melhor desempenho do grupo, atrás apenas da Rússia. A média do Brics é de 0,655. A Índia apresenta o menor índice do grupo, 0,554, enquanto a Rússia tem 0,788.Para ter uma ideia da distância entre o Brasil e a Noruega, primeira colocada no ranking pelo quarto ano consecutivo, o valor do IDH que o Brasil atingiu agora (0,73) é inferior ao apresentado pelos noruegueses em 1980 (0,804).
De acordo com o Pnud, a expectativa de vida dos brasileiros é de 73,8 anos; os anos esperado de estudo, 14,2; a média de escolaridade entre os adultos era de 7,2 anos; e a renda nacional per capita era de US$ 10.152.
Elogios  Os avanços registrados pelo Brasil na área social levaram o Pnud a fazer uma série de elogios ao país, em especial às políticas de combate à fome e para a erradicação da miséria. 
Crescer e distribuir renda -- 
Divergência de dados - O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) questiona os dados usados pelo Pnud na composição do IDH. Em nota, o órgão afirma que "os dados utilizados no cálculo são defasados para o Brasil e diferenciados entre os países". Na coletiva de imprensa, o Pnud negou que o órgão diferencie os países e afirmou que adota o critério de "isonomia". "Além de usarem dados antigos, é importante ressaltar que há um problema de classificação", afirmou Luiz Cláudio Costa, presidente do Inep. "Em outros países, as crianças com cinco anos na escola estão consideradas. Como no Brasil usamos a classificação de pré-escola, que é a classe de alfabetização, há 1,8 milhão de crianças matriculadas que estão fora do índice."

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, o representante residente do Pnud no Brasil, Jorge Chediek, afirmou que o Brasil é mencionado várias vezes no relatório por ser "um dos novos atores globais". " [O Brasil] é reconhecido como um país que tem mudado o seu padrão histórico em pouco tempo", afirmou.
Entre os avanços, o documento referente ao Brasil destaca que, entre 1980 e 2012, a expectativa de vida ao nascer aumentou 11,3 anos (chegando a 73,8 anos) e a média de anos na escola aumentou em 4,6 anos (alcançando 14,2 anos).
Outro ponto ressaltado foi a rapidez com que país reduziu a miséria. "A primeira das Metas de Desenvolvimento do Milênio, de reduzir pela metade a proporção de pessoas vivendo com menos de US$ 1,25 (R$ 2,50) por dia em relação a 1990, realizou-se três anos antes da data prevista. Isto se deve principalmente ao sucesso de alguns países mais populosos para erradicar a extrema pobreza: Brasil, China e Índia têm tudo para reduzir drasticamente a proporção de sua população que é de baixa renda. No Brasil, caiu de 17,2% da população em 1990 para 6,1% em 2009", diz o texto.
Para a ONU, o início da transformação brasileira para um "Estado desenvolvimentista" começou em 1994, "quando o governo implementou reformas macroeconômicas para controlar hiperinflação, com o Plano Real, e concluiu a liberalização do comércio, que começou em 1988, com a redução de tarifas e a fim de restrições comerciais".
Recentemente, a data de início dos programas de combate à pobreza tem sido alvo de disputa entre PT e PSDB. Enquanto os tucanos garantem que as políticas começaram com o governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), os petistas clamam para si a paternidade dos programas sociais a partir do governo Lula (2003-2010).
O Pnud cita nominalmente o Bolsa Escola e o Bolsa Família. "Em 2009, o Bolsa Família cobria mais de 12 milhões de lares no país, 97,3% de sua população-alvo."
Ao mesmo tempo em que aponta o avanço brasileiro nos últimos anos, o relatório deixa claro que o Brasil ainda possui um fosso social entre ricos e pobres. "Quando o valor tem descontado o fator desigualdade, o IDH cai para 0,531, uma perda de 27,2%, devido à desigualdade na distribuição dos índices de dimensão", apontou o documento.
O relatório ainda faz uma análise do desenvolvimento mundial associado à redução da miséria, citando mais uma vez o caso brasileiro. "O crescimento tem sido frequentemente muito mais eficaz na redução da pobreza em países com baixa desigualdade de renda do que em países com alta desigualdade. O crescimento é também menos eficaz na redução da pobreza quando a distribuição de renda piora ao longo mais tempo. As exceções parecem ser a China e o Brasil. No início de 2000, o Brasil utilizou políticas voltadas para a redução da pobreza. Apesar da alta desigualdade na distribuição de renda, o país se tornou mais igualitário ao longo deste período."
O relatório ainda cita melhorias na educação brasileira. Segundo o Pnud, a transformação começou com a "equalização de financiamento entre regiões, Estados e municípios", com a criação, em 1996, do Fundo Nacional de Desenvolvimento para o Ensino Fundamental, quando passou a ser estipulado um gasto mínimo nacional por aluno no ensino fundamental. "Isso aumentou os recursos para alunos do ensino primário no Nordeste, Norte e Centro-Oeste os Estados. (...) Como resultado desse investimento, as notas de matemática dos brasileiros no Programa de Avaliação Internacional de Estudantes subiu 52 pontos entre 2000 e 2009, o terceiro maior salto da história."
O Brasil também se tornou referência regional em tecnologia agrícola. O país concentra 41% das despesas com pesquisa agrícola na América Latina – segundo dados de 2006 –, o que tem feito crescer quase quatro vezes a eficiência agrícola por trabalhador.
O relatório vê também uma "ascensão do Sul", com desenvolvimento humano mais rápido de países em crescimento, como Brasil, Índia, África do Sul e China.
O Inep afirma também que a expectativa de escolaridade apontada pelo relatório não considera a mudança no currículo escolar do país, que passou de 8 anos de ensino fundamental para 9 anos. Assim, segundo o órgão, ficaram fora da conta 2,8 milhões de matrículas.
O órgão deve ter discussões técnicas com o Pnud para que sejam mudados os critérios em relação às pesquisas educacionais brasileiras.
O Pnud ressalta que os dados relativos à educação são fornecidos pela Unesco, órgão da ONU que trata do assunto.


sexta-feira, 1 de março de 2013

JORNAL DE GEOGRAFIA

Categorias geográficas na elaboração de um jornal escolar

Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/plano-de-aula-categorias-geograficas-elaboracao-jornal-escolar-732854.shtml 

Acompanhe o passo a passo da criação de um jornal escolar para estudar as noções de lugar e de paisagem local com a turma 

alessandra-souza
 Objetivos
- Desenvolver a leitura crítica de notícias e do cotidiano
- Criar vínculos identitários com a escola e os arredores
- Expressar seus conhecimentos e opiniões por meio de textos jornalísticos
- Escrever textos pertencentes a gêneros jornalísticos a partir da sua percepção sobre o assunto, utilizando o gênero artigo para opinar nas informações
Conteúdos : 
- Categorias geográficas: lugar, paisagem, território, espaço e região
- Características dos textos jornalísticos
Anos- 6° ao 9° ano
Tempo estimado- Pode variar de acordo com a periodicidade decidida para o jornal: mensal, bimestral ou semestral. Mínimo de oito aulas para cada edição
 Material necessário-  Jornais de circulação local, regional e nacional para consulta e referência dos alunos; câmeras fotográficas, gravadores de áudio, lápis, caneta e blocos de anotação para a captação do material utilizado nas reportagens; computadores com acesso a internet
Desenvolvimento- Por tratar de acontecimentos da escola, é importante apresentar o projeto à equipe gestora que, em alguns casos, precisará pedir autorização à Secretaria de Educação ou à Diretoria de Ensino.

1ª etapa - Para que os alunos possam escrever textos jornalísticos, é importante que eles tenham familiaridade com notícias e artigos, gêneros típicos do jornalismo. Por isso, esta etapa deve ser repetida várias vezes durante o projeto.
Colete textos desses gêneros que se relacionem com o conteúdo trabalhado nas aulas de geografia e apresente-as à turma. Explique, antes da leitura, que o objetivo do trabalho com esses textos é perceber a importância daquela notícia no cotidiano do aluno e da comunidade, além da intencionalidade e o posicionamento do autor. Depois de fazer a leitura com a classe, conduza uma discussão, destacando esses pontos.
Peça também que eles listem os conceitos de geografia presentes no fato noticiado e façam paralelos com a realidade local. Por exemplo: ao tratar dos conflitos no Oriente Médio, relembre a categoria geográfica território e questione os alunos sobre quais situações da região onde moram também estão relacionadas a ela.
Para a aula seguinte, peça que a turma se divida em grupos e planeje apresentações desenvolvendo com maior profundidade a relação entre o tema da notícia e assuntos dos arredores da escola. Incentive-os a fazer pesquisas em livros didáticos, internet e notícias.
Ao final das apresentações, abra para debates, permitindo que a turma discuta a adequação ou não do assunto escolhido.
Como conclusão desta etapa, peça que eles escrevam textos sobre o bairro e a escola, relacionando estes lugares com seu cotidiano e utilizando seus conhecimentos geográficos e opiniões sobre o fato. O objetivo é a apropriação dos gêneros notícia e artigo, típicos do jornalismo.
2ª etapa- Reúna a turma para discutir as características do jornal: nome, logotipo oficial e as seções, que devem tratar de assuntos específicos como educação, cotidiano, cultura, esportes, etc. Para definir essas questões, os alunos podem promover enquetes e entrevistas envolvendo funcionários, professores e outras turmas.
Determine, em parceria com a classe, o cronograma de atividades. Defina prazos para as seguintes atividades:
- Definição das reportagens que serão feitas;
- Data final para a coleta de todas as informações;
- Revisão da primeira versão dos textos;
- Entrega das reportagens revisadas;
- Lançamento do jornal;

3ª etapa - Para a produção dos textos, cada seção do jornal deve ser responsabilidade de um pequeno grupo de alunos, cuja primeira tarefa será selecionar as pautas (temas tratados no jornal). Norteie esse trabalho propondo questões que os ajudem a escolher as mais importantes a partir de seu próprio olhar e suas perspectivas. Instigue-os a refletir sobre qual será a intencionalidade por trás de cada redação.
Para guiá-los, exponha as definições das categorias geográficas paisagem (a porção do espaço que está ao alcance da visão) e lugar (o espaço somado aos vínculos pessoais e afetivos das pessoas que nele convivem) e questione: o jornal versará sobre qual das duas?

Ajude-os a refletir sobre as diferenças entre trabalhar com uma ou outra e destaque a importância das percepções individuais, que definem lugar como a categoria ao redor da qual o projeto se constrói. Peça que eles listem todas as informações que pretendem colher para a matéria e oriente-os nos detalhes necessários para consegui-las (roteiros de entrevista especificando os entrevistados e as perguntas, fotos que devem ser tiradas, quantidade de perguntas de uma enquete, e assim por diante). Dê um intervalo de algumas aulas para que eles consigam captá-las.
4ª etapa: Os textos podem ser escritos individualmente ou em grupo. Antes que eles comecem a redigi-los relembre algumas características importantes do gênero artigo:
- no primeiro parágrafo, deve ser apresentada uma contextualização com as informações mais importantes sobre o tema que irão tratar;
- quando houver conflito, devem-se mostrar diversas versões;
- somente as falas mais impactantes dos entrevistados devem ser colocadas entre aspas no texto;
- o autor deve expor claramente suas opiniões;

Ressalte a necessidade de que eles deixem registradas suas percepções, já que o jornal tem como categoria geográfica principal o lugar e não apenas a paisagem.
Leia cada uma das matérias com seus autores, apontando melhorias que podem ser realizadas, como correções gramaticais ou a inclusão de novas informações. Depois, peça a reescrita do material.

Com a versão final dos textos em mãos, avalie a quantidade de material: pense no total de páginas que o jornal possui e onde cada uma das redações pode ser encaixada. Se não houver espaço para todas, discuta com a turma quais assuntos devem ser priorizados. Montem o jornal, página por página, utilizando editores de texto como o Microsoft Word ou o BrOffice Writer.
 Produto final- Imprima algumas cópias do jornal e monte murais para expor nos locais de maior circulação como o pátio e os corredores. Cheque se as impressões estão legíveis, com letras e imagens grandes o suficiente para chamar a atenção dos leitores. Guarde algumas cópias como registro histórico do colégio.
Tanto os alunos quanto o restante da comunidade devem se reconhecer no jornal: como autores, fontes ou participantes dos fatos noticiados. Caso outros professores se interessem pelo projeto, abra espaço para que eles publiquem produções de suas aulas na forma de Seções Especiais.
Avaliação -Durante todo o processo, observe:
- o envolvimento dos alunos no projeto;
- o amadurecimento nas estratégias de coleta de informação;
- o aumento do posicionamento crítico dos alunos na leitura de jornais e de fatos do cotidiano, percebendo a intencionalidade e o posicionamento do autor;
- a criação de vínculos entre o aluno e a escola.

Dê atenção especial para a capacidade de exprimir, por meio da escrita, suas próprias conclusões sobre os temas tratados em suas produções.
Com o jornal pronto, reúna os alunos para a avaliação em grupo daquela edição. Peça que escolham suas matérias favoritas e expliquem o porquê. Também os encoraje-os a mostrar pontos em que ele possa ser melhorado.
Peça que cada aluno faça uma autoavaliação, considerando seu comprometimento e o trabalho feito por ele durante o projeto.
Quer saber mais?
Bibliografia
CASTELLS, Manuel. A Questão Urbana. 1ª Reimpressão com posfácio (1975). São Paulo: Paz e Terra, 2000.
HAESBAERT, Rogério. O Mito da Desterritorialização. 3ª edição. Rio de Janeiro: BERTRAND BRASIL, 2007.
MORAES, Antônio Carlos Robert de. Geografia: Pequena História Crítica. 20ª edição. São Paulo: AnnaBlume, 2005.
SANTOS, Milton. Pensando o Espaço do Homem. 5ª edição. São Paulo: EDUSP, 2004.
SANTOS, Milton. Da Totalidade ao Lugar. 6ª edição. São Paulo: EDUSP, 2004.
SANTOS, Milton. A Natureza do Espaço. 4ªEdição e 4ª reimpressão. São Paulo: EDUSP, 2008.

Plano de aula-Tempo e Clima

Observação de nuvens 
Fonte: http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-2/observacao-nuvens-678361.shtml
Nesta sequência didática, você vai ver como introduzir noções de tempo e clima e relacionar questões ambientais ao clima, tomando como base a observação das nuvens em sua cidade.
Objetivos
- Observar mudanças na atmosfera (tempo meteorológico).
- Registrar e perceber algumas variáveis do tempo e do clima.
- Trabalhar com dados, gráficos e mapas meteorológicos.
- Identificar as relações entre tempo e clima.
Conteúdos :  Tempo e clima.   Observação do tempo, registro e análise de dados.   Imagem de satélite e a leitura meteorológica do tempo.
Anos : 6º e 7º anos.
Tempo estimado : 8 aulas.
Material necessário : Imagens da Terra e da atmosfera, Atlas Visuais Terra (Ed. Ática), Novo Atlas Geográfico do Estudante (Ed. FTD), papel sulfite, pranchetas e lápis coloridos e pretos para todos ou para cada dois alunos.
Desenvolvimento
1ª etapa
Apresente para os alunos imagens de jornal ou internet em A3 sobre o tempo em diferentes localidades. Escolhemos São Paulo e Nova York. Solicite que os alunos observem as imagens e comentem o que elas mostram. Comente que nestas imagens vemos alguns extremos que ocorrem no comportamento do tempo nestas cidades. Na região metropolitana de São Paulo já ocorreram chuvas de 50 mm num período de 2 horas durante o mês de janeiro, que é o mês mais chuvoso do verão.Para se ter uma ideia do que isto significa, neste mês costuma chover 238 mm ao longo de todo o mês. Poucos meses após o evento extremo em São Paulo, Nova York sofria com uma nevasca, outro fenômeno que ocorre no inverno do hemisfério norte, também na mesma época. A nevasca é uma precipitação intensa, ou seja um extremo climático. Camadas de gelo de quase um metro de altura atingiram casas e estradas, causando vítimas e transtornos urbanos. Estes dois exemplos mostram como o comportamento do tempo pode apresentar escalas extremas ou normais, interferindo muito em nossas vidas. Após a observação das imagens e de sua leitura coletiva, organize a turma em grupos e coloque a seguinte questão: Já observamos eventos extremos em nossa cidade? Existem diferença entre o tempo e o clima? Estimule os alunos a expressarem as noções que possuem destes dois conceitos. Convide os alunos para observar as variações no tempo na cidade.
2ª etapa
Com base nas respostas, organize a observação do tempo empírico. Vamos utilizar somente a percepção sensorial para observá-lo. Explique que muitas pessoas aprenderam a ler o tempo, utilizando este tipo de observação. Organize a sala em grupos e apresente neste momento o tema de estudo desta sequência. Organize na lousa um texto coletivo sobre a noção de tempo e clima que os alunos possuem. Solicite que façam uma lista das variáveis que controlam o tempo e o clima. Anote na lousa todas as ideias que os alunos têm sobre estes dois conceitos.
3ª etapa
Indague os alunos sobre o céu da cidade, por meio de questões, tais como: Como é o céu de nossa cidade? Incentive para que falem das cores, das sensações de umidade, de calor, etc. Organize a turma e saia da sala de aula para um lugar externo para observar o céu. Procure um lugar onde o céu possa ser amplamente visto e que permita aos alunos se sentarem no chão para observar e pensar sobre o que estão vendo. Converse sobre o que possível ver e sentir: cores, formas, nuvens, ventos, calor, umidade, etc. Em seguida, peça para que os alunos sentem no chão num lugar seguro e com papel sulfite sobre uma prancheta e lápis colorido desenhem o céu. Durante o desenho converse sobre o céu como um indicador das condições do tempo: ar quente, úmido, seco, luminosidade, nebulosidade, etc. O que o céu que observamos tem a ver com o tempo? Exponha os desenhos na sala de aula e a partir deles organize uma aula expositiva sobre a atmosfera. Utilize imagens dos Atlas Visuais Terra (Ed. Ática). Retome os desenhos sobre o céu de sua cidade e discuta as mudanças que puderam ser observadas durante o período em que estiveram desenhando: Qual foi a sensação de calor, de umidade, como estavam as nuvens no céu? Elas mudaram de formato de localização? Aproveite para explicar nesse momento com se formam as nuvens a partir da evaporação.
4ª etapa
Distribua para os grupos uma imagem da Terra e da atmosfera e peça que cada grupo identifique as cores e o que estão vendo na imagem. Lembre que o céu que vemos a partir da Terra pode ser visto do espaço pelos satélites e que esta imagem é similar a que é vista do espaço. Esta imagem foi obtida de uma nave espacial que fotografou a Terra do espaço. Chame a atenção para as cores e o que elas significam.
5ª etapa
Reúna os alunos em grupos e distribua notícias de jornal sobre episódios do tempo ocorridos no Brasil e no mundo (veja Anexo 2 - textos 1 e 2 anexo). Discuta as duas situações e tire dúvidas sobre os conteúdos dos textos. Faça uma síntese comparando o que pode ter ocorrido numa situação e na outra. Peça que imaginem como seria o céu desse dia nestas localidades e desenhem em papel A4 uma imagem que contenha alguns dos parâmetros do tempo das situações relatadas no texto (utilize lápis preto e colorido). Antes de iniciar o desenho, faça na lousa uma relação dos componentes do tempo meteorológico e do tempo que devem estar representados nos desenhos, tais como ventos, nuvens, chuva, temperatura etc. Converse com os alunos ao elaborar a lista destes componentes.
6ª etapa
Exponha os desenhos para que todos observem as produções dos colegas. Organize a turma em grupos para a realização da observação do tempo e sua previsão no cotidiano de sua cidade. Apresente um modelo de ficha de previsão do tempo (disponível em jornais ou no site, onde é possível pesquisar a previsão para sua cidade). Discuta os símbolos e dados nela presentes. Divida a turma em duplas e disponibilize uma ficha semelhante para coleta de dados empíricos. Oriente os alunos quanto a forma de registro. Eles devem observar o dia ao ar livre no período da manhã, tarde e noite durante uma semana. Ao mesmo tempo que coletam e registram os dados na ficha, oriente para que assistam na TV a previsão do tempo num jornal noturno para sua região durante uma semana, utilizando uma ficha de registro semelhante aquela dos dados empíricos. Todos os dias, os alunos devem comparar sua ficha de observação sensível com a previsão da TV. Quando coincidir devem marcar na coluna correspondente um C quando não coincidir devem marcar E. Após o registro de todos os dados, analise com seus alunos como foi a previsão e a observação sensível. Houve acertos? Houve erros? Discuta com eles o papel dos dados na previsão do tempo. Se for possível leve-os a um local em sua cidade onde exista uma estação micro meteorológica para que conheçam os equipamentos utilizados no registro de dados.
7ª etapa
Retome a discussão sobre tempo e clima, discutindo que o clima é o resultado de estudos feitos a partir de séries longas de dados, geralmente 30 anos, e que o tempo é o estado diário da atmosfera que percebemos em nossas atividades. Prepare uma aula sobre cada um dos componentes do clima explicando a sua participação na formação destes estados momentâneos e duradouros da atmosfera. Selecione alguns trechos do livro didático para leitura em casa. A partir deste momento, amplie a visão sobre o clima. Organize os alunos em duplas e solicite uma pesquisa de informação sobre os tipos de clima do Brasil. Consulte o Atlas e distribua os tipos de clima entre os grupos e oriente os alunos para que tragam informações sobre:
- Como são as temperaturas neste tipo clima?
- Como são as chuvas?
- Qual é o tipo de cobertura vegetal que predomina nestas condições?
- Pelo tipo de clima é possível identificar alguns tipos de tempo possíveis nestas regiões?
- Quais problemas as pessoas que vivem em cidades enfrentam nestes climas?
- Quais problemas as pessoas que vivem no campo enfrentam nestes climas?
Cada grupo deve apresentar oralmente os resultados de suas pesquisas.

Avaliação
Ao final do estudo os alunos devem ser capazes de identificar algumas variáveis do tempo e clima, ler dados sobre clima e mapas meteorológicos e Identificar relações entre tempo e clima. Para encerrar a sequência, peça que os alunos respondam em seu caderno as perguntas apresentadas no inicio da seqüência:
- Qual a relação entre as condições do tempo e clima?
- Qual a importância do clima para o meio ambiente? 
Cheia do rio Uruguai provoca enchentes no RS
Colaboração da Folha Online, Janeiro, 2007

As fortes chuvas que atingiram o noroeste do Rio Grande do Sul provocaram elevação de 9,48 metros no rio Uruguai na noite de domingo (20), causando enchentes nas cidades da região.
No interior de São Borja, estradas tiveram que ser interditadas. Como as comportas das barragens de Itá e Machadinho foram abertas no norte do Estado, cidades ao sul de São Borja, como Itaqui e Uruguaiana, também poderão sentir os efeitos da cheia, de acordo com informações da MetSul Meteorologia.
Segundo previsão do instituto, as fortes precipitações deslocam-se em direção aos Estados de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, onde são esperadas chuvas fortes na terça-feira (22).
Texto 2 - Seca na Amazônia em 2005 - CPTEC/INPE e INMET - 24/10/05
O CPTEC (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos) juntamente com o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) traz de forma sucinta ao público informações esclarecedoras sobre a problemática da seca na Amazônia durante o ano de 2005.

A Seca de 2005: 
A atual seca que está afetando boa parte da região Amazônica, especialmente o setor sudoeste do Amazonas e Estado do Acre, caracteriza-se por possuir o menor índice pluviométrico nos últimos 40 anos, ultrapassando períodos como os de 1925-1926, 1968-1969 e 1997-1998, até então considerados os mais intensos.
Ao se analisar os dados de precipitação no setor sul da Amazônia, verificou-se que durante a estação chuvosa de 2005, que na realidade estendeu-se de dezembro de 2004 a março de 2005, as chuvas apresentaram-se com valores de até 350 mm menores que a média histórica. Isto contribuiu para que os níveis dos rios desta região estivessem com valores bem abaixo da média no final da estação chuvosa de verão e no início do período de estiagem, que ocorre de maio a setembro. Em 2005, notou-se uma estiagem mais severa durante todos os meses do ano. Na análise dos níveis médios do Rio Negro em Manaus, desde 1903 até setembro 2005, observa-se que valores muito baixos aconteceram também nos anos de 1925 -26 (ano de El Nino), e em 1963-64. Nos meses de verão de 2005 os níveis do Rio Negro foram em média de 1.5 a 2 metros acima do normal, e a partir de agosto os valores chegaram até 4 metros abaixo do normal.

Regime de chuva na região: 
Climatologicamente, a região Amazônica possui precipitação média anual de aproximadamente 2.200 mm por ano, embora tenham regiões (na fronteira entre Brasil, Colômbia e Venezuela) e próxima a Foz do Rio Amazonas em que o total anual pode ultrapassar 3.500 mm por ano.
O setor sul da região, que compreende a região afetada pela seca, tem período de chuvas compreendido entre novembro e março, sendo que o período de seca ocorre entre os meses de maio e setembro. Os meses de abril e outubro são meses de transição entre um regime e outro.
A distribuição de chuva no trimestre Dezembro-Janeiro-Fevereiro (DJF) apresenta uma região de precipitação alta (superior a 900 mm) situada na parte oeste e sul da Amazônia. O período de Marco-Abril-Maio (MAM) representa a estação chuvosa na região central da Amazonia próxima ao equador, já no trimestre Junho-Julho-Agosto (JJA), acontece o período de estiagem na Amazônia e o centro de máxima precipitação desloca-se para o norte, situando-se sobre Roraima e o Norte da América do Sul. Neste período de estiagem em JJA, a região Amazônica, principalmente na parte central, está sob o domínio do ramo descendente da Célula de Hadley (célula de circulação atmosférica com ventos ascendentes no Atlântico Tropical Norte e descendentes na região Amazônica), induzindo um período seco bem característico que perdura até aproximadamente os meses de setembro e outubro no sul da Amazônia e um mês mais tarde na Amazonia central.

Quais são as possíveis causas da seca de 2005? 
O fenômeno de deficiência de chuvas na região do Sul foi observado também em 2004, onde as vazões dos rios e as chuvas foram menores que o normal, mas sem atingir os valores extremamente baixos observados em 2005.
Um dos possíveis fatores responsáveis por esta seca intensa de 2005 estaria provavelmente relacionado ao comportamento médio da temperatura da superfície do mar (TSM) nos últimos meses na bacia do Atlântico Tropical Norte, que tem se apresentado mais quente que o normal nos últimos 12 meses. Como é característico desta época do ano, o movimento ascendente do ar que normalmente ocorre no Atlântico Tropical Norte, associado à célula de Hadley, está mais intenso este ano e a zona de convergência intertropical ainda está no Hemisfério Norte. Conseqüentemente, esta intensificação da circulação atmosférica faz com que os movimentos descendentes especialmente sobre o sudoeste da Amazônia sejam mais intensos do que a média, o que dificulta a formação de nuvens e, portanto, de chuva na região. Adicionalmente, nos últimos dois meses a seca tem se agravado devido ao anticiclone do Atlântico Sul que se tornou mais intenso, estendendo-se até o continente e gerando uma região de estabilidade atmosférica que não favorece a formação de chuva no Sul da Amazônia.
Há especulações de que o prolongado período de estiagem nestas regiões mais afetadas pode estar ocasionando um efeito local que contribuiu mais ainda para a diminuição das chuvas. Este efeito seria uma diminuição da reciclagem de vapor d'água pela vegetação devido à própria estiagem, implicando um feedback positivo reduzindo possivelmente as chuvas locais. Além disso, a queima de biomassa que produz fumaça pode alterar a física da formação de chuva no sul da Amazônia, e possivelmente adiar o inicio da estação chuvosa. Não se tem evidências de que esta seca de 2005 seja um indicador de mudanças climáticas na região, associadas ao desmatamento ou aquecimento global. A Seca de 2005 parece ser parte de uma variabilidade natural de clima, onde anos secos e úmidos alternam-se na escala interanual.

A previsão:
A previsão sazonal de clima (tendência média do estado da atmosfera), em caráter experimental, para os próximos 3 meses (Novembro-Dezembro/2005 e Janeiro/2006) indica:
§ Para o sudoeste do Estado do Amazonas e Acre: tendência de continuação de chuvas abaixo da média climatológica (previsão com baixa confiabilidade),
§ Para o centro-norte dos Estados de Roraima, do Amapá e no noroeste do Pará: chuva variando de normal a ligeiramente acima da média climatológica (previsão com confiabilidade média), e
§ Para o restante da Região Norte: tendência de chuvas próximas da média climatológica (previsão com confiabilidade média).
Em relação a previsão de temperatura para o mesmo período, a previsão indica tendência de temperatura de normal a acima da média histórica em toda a Região.
O CPTEC/INPE e o INMET continuarão monitorando o quadro de estiagem na Amazônia e voltará a divulgar boletins oportunamente. 
                     CPTEC/INPE e INMET