Lana de Souza Cavalcanti fala sobre o ensino de Geografia com novas abordagens
Para a especialista, explicar conceitos geográficos não basta. O educador precisa de reflexão e atualização constantes
Beatriz Vichessi

Lana de Souza Cavalcanti
Existe alguma diferença entre a Geografia como disciplina escolar e a ciência geográfica?
LANA DE SOUZA CAVALCANTI Sim, embora ambas analisem a realidade pela mesma perspectiva. O modo como cada uma compõe e organiza os temas de estudo é diferente. No mais, a primeira é um feixe de referências - e, entre elas, está a ciência geográfica estudada nas nossas universidades. Para lecionar no Ensino Fundamental, não basta aplicá-la diretamente, nem de um modo simplificado. A disciplina tem história, estrutura e lógica próprias. Muitos professores recém-formados não têm isso claro e se sentem atormentados por não conseguir aplicar o que aprenderam na graduação.
Qual é a chave para que as aulas da disciplina tenham bases sólidas?
LANA O foco na escola deve estar nos mesmos conteúdos aprendidos na graduação. Mas eles devem ser estruturados de outra maneira para ser apresentados às crianças. Preocupa ver que isso nem sempre é discutido na universidade. Resultado: quando chegam à sala de aula, os recém-graduados abandonam os conteúdos que aprenderam e se rendem a uma estrutura engessada. É preciso que eles alimentem a disciplina com novas reflexões e abordagens. Isso evita a deterioração da Geografia acadêmica, pois quem torna a disciplina viva é o educador
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