quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Ensino-aprendizagem

Curso de Geografia- Criatividade garante interesse nas aulas em campus no MS



           Favorável ao uso da criatividade nas aulas de geografia, o professor Francisco José Avelino Júnior diz que, na verdade, com a postura teórica e as metodologias aplicadas em sala de aula, é impossível não ser criativo. Ele costuma usar recursos como mapas, livros e artigos científicos, filmes e equipamento data-show.

     Na opinião do professor, a motivação dos alunos depende da metodologia adotada em sala de aula. Ele acredita que deve sempre ser criativa para levar o aluno a analisar e a compreender como se dá o processo de (re)organização do espaço.
      No início de suas aulas, Avelino Júnior costuma lançar o tema O que É a Geografia. A partir das respostas, promove um debate sobre o que os estudantes entendem por geografia, a visão deles e como tudo pode ser trabalhado a partir das correntes teórico-metodológicas atuais da área.
       Para tornar as aulas ainda mais criativas, o professor organiza, a cada semestre, uma viagem de estudos a diferentes partes do país com os alunos do curso de mestrado em geografia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, campus Três Lagoas. Essas saídas de campo são consideradas por ele importantes em todas as áreas da geografia. Avelino Júnior entende que elas enriquecem o ensino e a aprendizagem ao propiciar a discussão de diversos temas nos vários locais visitados — assentamentos, indústrias, aldeias indígenas, quilombos, cidades ou rios.

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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Entrevista


Lana de Souza Cavalcanti fala sobre o ensino de Geografia com novas abordagens

Para a especialista, explicar conceitos geográficos não basta. O educador precisa de reflexão e atualização constantes

Beatriz Vichessi 

Lana de Souza Cavalcanti. Foto: Carolina de Góes
Lana de Souza Cavalcanti
Vários modelos educacionais já foram experimentados para tratar de questões geográficas na escola brasileira. Durante a década de 1970, predominava a tendência do ensino baseado no trinômio "natureza, homem e economia". Esses conceitos, no entanto, eram vistos de forma fragmentada, cada qual tendo uma lógica própria e isolada dos demais. Depois, até os anos 1980, ocorreu o movimento de renovação no ensino da disciplina, que apontava para a ineficiência da metodologia adotada anteriormente. Surgiu, assim, uma Geografia crítica, acompanhando a evolução da ciência geográfica. Vivia-se a passagem da década de 1980 para a de 1990, um momento de abertura política e de especificação dos problemas sociais que o Brasil enfrentava. A disciplina assumiu a missão de denunciar contradições do modo de produção capitalista, tendo como proposta uma sociedade alternativa. Foi quando a geógrafa Lana de Souza Cavalcanti apresentou sua tese de mestrado e deu início a um percurso acadêmico dedicado à disciplina escolar e à formação docente - caminho que ela trilha até hoje na Universidade Federal de Goiás (UFG). Na entrevista a seguir, a pesquisadora afirma que não existe Geografia escolar de qualidade sem uma ponte que ligue a disciplina à vida cotidiana dos alunos. Ela defende o protagonismo dos professores e fala sobre questões delicadas referentes ao ensino para turmas de Ensino Fundamental.

Existe alguma diferença entre a Geografia como disciplina escolar e a ciência geográfica?
LANA DE SOUZA CAVALCANTI 
Sim, embora ambas analisem a realidade pela mesma perspectiva. O modo como cada uma compõe e organiza os temas de estudo é diferente. No mais, a primeira é um feixe de referências - e, entre elas, está a ciência geográfica estudada nas nossas universidades. Para lecionar no Ensino Fundamental, não basta aplicá-la diretamente, nem de um modo simplificado. A disciplina tem história, estrutura e lógica próprias. Muitos professores recém-formados não têm isso claro e se sentem atormentados por não conseguir aplicar o que aprenderam na graduação.

Qual é a chave para que as aulas da disciplina tenham bases sólidas?
LANA 
O foco na escola deve estar nos mesmos conteúdos aprendidos na graduação. Mas eles devem ser estruturados de outra maneira para ser apresentados às crianças. Preocupa ver que isso nem sempre é discutido na universidade. Resultado: quando chegam à sala de aula, os recém-graduados abandonam os conteúdos que aprenderam e se rendem a uma estrutura engessada. É preciso que eles alimentem a disciplina com novas reflexões e abordagens. Isso evita a deterioração da Geografia acadêmica, pois quem torna a disciplina viva é o educador

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 http://revistaescola.abril.com.br/geografia/fundamentos/lana-souza-cavalcanti-fala-ensino-geografia-novas-abordagens-611976.shtml

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Atualidade


O imenso buraco negro da economia global

Data: 14/01/2013  
Fonte: Carta Maior

Novo relatório disseca “mundo offshore” — rede planetária de instituições financeiras onde os 0,1% mais ricos escondem (e manipulam) algo como PIBs dos EUA e China combinados

Por Sarah Jaffe, no Alternet | Reproduzido por Carta Maior, com tradução de Libório Júnior

Vinte e e um trilhões - com “t” - de dólares. Eis o que as pessoas mais ricas do mundo escondem em paraísos fiscais internacionais. Embora a quantidade real possa ser maior, chegando aos 32 trilhões, uma vez que, claro, é quase impossível conhecê-la com exatidão.Ao mesmo tempo em que os governos cortam o gasto público e demitem os trabalhadores, em prol de uma maior “austeridade” obrigada pela desaceleração da economia, os super-ricos - menos de 10 milhões de pessoas - esconderam longe do alcance do arrecadador de impostos uma quantidade igual às economias japonesa e estadunidense juntas.Os dados são de um novo relatório da Tax Justice Network (Rede para a justiça tributária) [1] cujas conclusões são impactantes. As receitas fiscais perdidas graças aos refúgios fiscais extraterritoriais – offshore -, afirma o relatório, “são suficientemente grandes para marcar uma diferença significativa em todas nossas medidas convencionais da desigualdade. Dado que a maior parte da riqueza financeira desaparecida pertence a uma pequena elite, o efeito é assustador”.James S. Henry, ex-economista chefe em McKinsey & Co, autor do livro The Blood Bankers (Os banqueiros ensanguentados) assim como de artigos em publicações como o The Nation e o The New York Times, procurou suas informações no Banco de Compensações Internacionais,no Fundo Monetário Internacional, no Banco Mundial, nas Nações Unidas, nos bancos centrais e analistas do setor privado, e descobriu os contornos da gigantesca reserva de dinheiro que flutua nesse lugar nebuloso conhecido como offshore. (E isso que só se ocupou do dinheiro em espécie: o relatório deixa de lado coisas como bens de raízes, iates, obras de arte e outras formas de riqueza que os super-ricos escondem, livres de impostos, nos paraísos fiscais extraterritoriais.)Henry refere-se a eles como um “buraco negro” na economia mundial e afirma que, “apesar de ter muito cuidado em ser cauteloso, por prudência, os resultados são assustadores.”
Há uma grade quantidade de informação para analisar neste relatório, pelo que nos limitamos aqui a seis coisas que devemos saber sobre o dinheiro que os mais ricos do mundo escondem de nós.
1. APRESENTAMOS-LHES O TOP 0,001%
“Segundo nossas estimativas, pelo menos um terço de toda a riqueza financeira privada, e quase a metade de toda a riqueza offshore, é agora propriedade das 91.000 pessoas mais ricas do mundo: só 0,001% da população mundial”, diz o relatório. Esses 91.000 que formam o vértice da pirâmide têm cerca de 9,8 trilhões de dólares do total estimado neste estudo, e menos de dez milhões de pessoas detêm todo o volume de dinheiro em espécie.Quem são essas pessoas? Sabemos que são os mais ricos, mas o que mais sabemos deles? O relatório menciona “especuladores imobiliários chineses e magnatas do software de Vale do Silício, com idades em torno de trinta anos”, e em seguida estão aqueles cuja riqueza provém do petróleo e do tráfico de drogas. Não menciona, mas poderia, os candidatos presidenciais dos Estados Unidos. Por exemplo, Mitt Romney que recebeu fortes críticas por ter dinheiro guardado em uma conta bancária na Suíça e em investimentos nas Ilhas Cayman, segundo o site Politifact [2].Os narcotraficantes têm necessidade, é claro, de ocultar seus lucros ilícitos, mas muitos dos outros super-ricos pretendem simplesmente evitar o pagamento de impostos, para o qual constroem complicadas redes de empresas e investimentos só para deduzir um pouco mais da fatura fiscal que pagam em seu país de origem. Tudo ajuda.
2. ONDE ESTÁ O DINHEIRO? É DIFÍCIL SABER
Offshore, segundo Henry, não é já um lugar físico, embora existam vários lugares, como Singapura e Suíça, que ainda se especializam em proporcionar “residências físicas seguras e fiscalmente interessantes” aos ricos do mundo.Mas nestes tempos que correm, a riqueza offshore é virtual. Henry a descreve como algo nominal, hiperportátil, multijurisdicional, seguidamente lugar temporário de redes de entidades e acordos legais ou quase legais. Uma empresa pode estar situada em uma jurisdição, ser propriedade de um testa de ferro localizado em outro lugar e ser administrada por testas de ferro de um terceiro lugar. “Em última instancia, portanto, o termo offshorese refere a um conjunto de capacidades” e não tanto a um ou vários lugares.Também é importante, afirma o relatório, distinguir entre os“paraísos intermediários” - lugares nos quais pensam a maioria das pessoas quando se fala de paraísos fiscais, como as Ilhas Cayman de Mitt Romney, as Bermudas ou a Suíça - e os “paraísos de destino“, que incluem os EUA, o Reino Unido e inclusive a Alemanha. Esses destinos são desejáveis já que proporcionam “mercados de valores relativamente eficientes e regulados, bancos respaldados por grandes populações de contribuintes, e companhias de seguro. Além de códigos jurídicos desenvolvidos, advogados competentes, poder judicial independente e Estado de direito.”Assim, pois, os mesmos que escapam do pagamento de impostos distribuindo seu dinheiro por diferentes lugares, se aproveitam dos serviços financiados pelos contribuintes para fazê-lo. E nos EUA, alguns estados começaram, desde a década de 1990, a oferecer entidades jurídicas a baixo custo “cujos níveis de confidencialidade, proteção frente aos credores e vantagens fiscais rivalizam com os dos tradicionais paraísos fiscais secretos do mundo.” Adicione a isso a porcentagem cada vez menor dos impostos que os ricos e as empresas estadunidenses pagam e verão que estamos começando a ter um aspecto muito atrativo para aqueles que tratam de camuflar seu dinheiro.
3. GRANDES BANCOS RESGATADOS DIRIGEM ESSE NEGÓCIO
Mas quem facilita esse processo? Alguns nomes familiares saem rapidamente à superfície quando se vasculha os dados: Goldman Sachs, UBS e Credit Suisse são os três primeiros, e o Bank of America, Wells Fargo e JP Morgan Chase estão no Top-10. Segundo afirma o relatório, “agora podemos acrescentar algo a mais a sua lista de distinções: são os atores principais dos refúgios fiscais de todo o mundo e ferramentas chave do injusto sistema tributário global”.No final de 2010, os maiores cinquenta bancos privados administravam cerca de 12,1 trilhões de dólares em “ativos trans fronteiriços” investidos por seus clientes. É mais do que o dobro da cifra de 2005, e representa taxa média de crescimento anual superior a 16%.”Desde bancos a empresas contábeis e advogados corporativos, algumas das maiores empresas do mundo são parte da trama de evasão fiscal global”, escreve no The Guardian a investigadora financeira (e ex-trader de Goldman Sachs) Lydia Prieg. “Essas empresas não são pessoas jurídicas as quais possamos chamar a atenção para que paguem sua parte justa; sua razão de ser consiste em maximizar seus lucros e os de seus clientes.”"Até finais da década de 2000″, afirma Henry, “a sabedoria convencional entre os capitalistas evasores era: ‘O que existe de mais seguro que os bancos suíços, estadunidenses ou britânicos etiquetados como grandes demais para falir? ’” Sem os resgates que acompanharam a crise financeira de 2008 – acrescenta - muitos dos bancos que estão escondendo dinheiro em espécie para os ultrarricos já não existiriam. “Dar por certo o apoio dos governos é precisamente a razão principal pela qual os super-ricos fazem seus negócios com os bancos de maior tamanho.”
(...)
Continua emhttp://www.aepet.org.br/site/noticias/pagina/9564/O-imenso-buraco-negro-da-economia-global

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Inscrições Mestrado Geografia UFMS

Divulgando: 
Inscrições até 08 de fevereiro de 2013 para Programa de Pós- Graduação em Geografia-UFMS, Campus de Três Lagoas. Mais informações no link abaixo:
http://www.ppggeo.ufms.br/selecao2013.htm