quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Atualidade


Israel busca reduzir danos em voto na ONU

MARCELO NINIO- DE JERUSALÉM

Exatos 65 anos após a votação nas Nações Unidas que determinou a partilha da Palestina e levou à fundação de Israel, os palestinos vão hoje à organização em busca de reconhecimento que também conduza à independência.
Os palestinos pedirão à Assembleia-Geral da ONU que eleve o status de sua representação atual, de entidade observadora para Estado observador não membro.
Fortemente contrário à iniciativa palestina, mas ciente de que ela deve ser aprovada com grande maioria, o governo de Israel tenta "reduzir os danos", disse à Folha o porta-voz do Ministério do Exterior, Yigal Palmor.
Ele confirmou que Israel articula com os EUA a adição de elementos no texto a ser votado na ONU para evitar problemas futuros.
Entre eles, o compromisso dos palestinos de que não recorrerão ao TPI (Tribunal Penal Internacional), sediado em Haia, contra Israel.
Além disso, o governo israelense quer que a resolução deixe claro que o conflito só poderá ser resolvido por meio de negociações.
O novo status não significa o reconhecimento do Estado palestino.
Pelo direito internacional, o reconhecimento de Estados não se dá na ONU, mas por outros países. Ainda assim, é uma vitória da diplomacia palestina.
Desde a entrada na ONU, em 1974, os palestinos são representados pela OLP (Organização para Libertação da Palestina), que tinha o status de entidade observadora. Agora, serão elevados a Estado observador.
É menos do que foi tentado no ano passado, quando a proposta de que a Palestina fosse aceita como membro pleno da ONU foi vetada no Conselho de Segurança.
O status de Estado observador, semelhante ao do Vaticano, não garante direito a voto.
Mas a liderança palestina conta com ele para poder se filiar a agências multilaterais, ampliar a ação diplomática e fortalecer sua posição internacional diante de Israel.
"A votação na ONU dará início a um processo histórico de redenção e na Palestina", disse em Ramallah Hannan Ashrawi, membro do comitê executivo da OLP.
Os palestinos dizem que recorreram à ONU porque Israel continua ampliando os assentamentos em território ocupado e não está interessado em negociar uma solução. Israel os acusa de violar os acordos assinados com uma ação unilateral.
Editoria de Arte/Folhapress
PLACAR
O suspense nas últimas horas, além do texto da resolução, foi saber quantos países acompanharão EUA no minúsculo grupo que vota não.
A expectativa é que a resolução seja aprovada com entre 150 e 170 votos dos 193 da Assembleia-Geral.
Na União Europeia, a França saiu na frente ao declarar seu voto favorável, mas não se chegou a um consenso no bloco. Ontem, Espanha, Portugal e Dinamarca seguiram o exemplo francês.
A Alemanha, maior país do bloco, votará contra. A grande dúvida é o Reino Unido, que balançou entre o sim e o não e ontem declarou um apoio sob condições.
Para o presidente palestino, Mahmoud Abbas, a iniciativa na ONU é um sopro de oxigênio, depois que seu rival, o grupo islâmico Hamas, saiu fortalecido politicamente da miniguerra travada com Israel em Gaza.
Os islamitas, que não reconhecem Israel, estão divididos. O plano aprovado em 29 de novembro de 1947 dividiu a Palestina entre um Estado árabe e um judeu.
Os líderes judeus aceitaram e fundaram Israel. Mas a liderança árabe rejeitou o plano e declarou guerra, reivindicando toda a Palestina.
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/1192924-israel-busca-reduzir-danos-em-voto-na-onu.shtml

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Educação étnico-racial

Disciplina sobre educação étnico-racial ainda não está nos currículos

Lei completa 10 anos em janeiro, mas professores ainda não são formados para trabalhar com tema que deveria fazer parte da rotina escolar desde 2003

Para cumprir a lei 10.639, de janeiro de 2003, que torna obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas brasileiras, os professores reclamam que falta formação. E, sem conhecimento, não se sentem preparados para discutir o tema com os alunos, seja do ensino fundamental ou do ensino médio, onde a lei determina que o assunto seja abordado.
Alan Sampaio / iG Brasília
No Centro de Ensino Médio 1 do Gama, professores de História produzem materiais e seminários para disseminar conhecimento entre os colegas
De acordo com as diretrizes curriculares para a educação étnico-racial, elaboradas pelo Conselho Nacional de Educação após a aprovação da lei, as universidades já deveriam incluir em diferentes disciplinas, para todos os cursos de graduação, conteúdos ligados à educação das relações étnico-raciais. No caso dos cursos que formam professores – pedagogia e licenciaturas – especialmente.
A realidade, porém, é bastante diversa nas universidades. Elas não cumprem ainda, integralmente, as diretrizes definidas pelo CNE. O técnico em gestão educacional Antonio Gomes da Costa Neto fez um levantamento em todas as universidades federais para verificar se havia professores contratados para trabalhar o tema nos cursos de graduação e se a disciplina era oferecida.
A conclusão de Antonio é que a lei só é cumprida parcialmente. “Quando existe a disciplina, na maioria das instituições, ela tem caráter facultativo. Quando é obrigatória, é só para os cursos de pedagogia”, afirma. Com os resultados do levantamento, ele protocolou representação junto ao Ministério da Educação e o Ministério Público Federal para pedir “providências”.
Além de pedir a obrigatoriedade da disciplina nos cursos de graduação – sob pena de suspensão de abertura de novos cursos nas universidades que descumprirem a determinação da lei –, a representação protocolada por Gomes e seu colegas autores do documento exige a inclusão do tema como critério para a avaliação dos cursos feita pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Autonomia
O Ministério da Educação acredita que as universidades têm papel fundamental para a aplicação da lei. Em nota enviada ao iG , a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do MEC disse que as universidades precisam “cumprir seu papel e efetivar as ações indicadas no Plano Nacional de Implementação Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana”.
Antonio Gomes acredita que as instituições usam a autonomia administrativa para não cumprir a lei. “O MEC pode e deve interferir”, diz. “As universidades publicam estudos, criticando os sistemas de ensino por não cumprirem a lei, mas elas também não o fazem. A omissão tem sido pior”, critica.
De acordo com o levantamento de Gomes, a Universidade Federal de Ouro Preto é a instituição que parece melhor abordar o tema em seus cursos de graduação. Várias disciplinas dos departamentos de História, Educação e Letras já trabalham o tema. As disciplinas de que tratam o assunto são obrigatórias para os cursos de Ciências Biológicas, Filosofia e História. Nos demais cursos de licenciatura, são optativas. Já a disciplina mais específica “Educação das Relações Étnico-Raciais” faz parte de uma matriz comum dos cursos que formam professores.
Algumas universidades, como as federais do Acre e do Amazonas, por exemplo, não oferecem a disciplina a nenhum curso, segundo Gomes.

    segunda-feira, 19 de novembro de 2012

    Atualidade

    Dia da consciência negra
    No dia 20 de novembro, comemoramos o Dia da Consciência Negra. Em todo o país acontecem eventos que lembram a história dos negros, falam sobre a cultura dos povos africanos e a importância deles na nossa sociedade. Os africanos chegaram ao Brasil para trabalhar como escravos a partir da metade do século 16. Embora o fim da escravidão tenha sido declarado com uma lei em 13 de maio de 1888, a homenagem é feita em 20 de novembro. Isso porque nesse dia, no ano de 1695, foi morto um importante representante dos negros: Zumbi. 
    Não se sabe muito sobre a história de Zumbi, pois os poucos registros sobre ele foram feitos pelos portugueses que colonizaram o Brasil e eles podem ter distorcido os dados. 

    LUTA POR LIBERDADE-  O que se sabe é que Zumbi era um homem forte, nascido no Brasil ou na África, que queria acabar com as condições ruins em que seu povo vivia. 

    Ele era o líder do Quilombo dos Palmares, uma vila que ficava entre Alagoas e Pernambuco. Quilombo é uma palavra africana que significa povoação. E dava nome aos esconderijos que abrigavam negros 
    fugidos de seus senhores. 
    O Quilombo dos Palmares surgiu no final do século 16 e ficava no meio da mata. Ele existiu durante cerca de 100 anos e deve ter abrigado até umas 20 mil pessoas. 
    No começo, Palmares era bem isolado. Para sobreviver, os habitantes caçavam e plantavam alimentos como mandioca e feijão. Com o tempo, é provável que tenham feito comércio com índios e brancos da vizinhança. 
    Além de terem escapado das fazendas, os moradores de Palmares organizavam grupos para tirar outros negros do trabalho forçado. E muitas vezes tinham sucesso. 
    Como na época a escravidão era permitida e os negros não podiam fugir dos seus senhores, as autoridades de Portugal tentaram acabar com o quilombo mais de 40 vezes! 

    RESISTÊNCIA - Em 1678, os portugueses tentaram um acordo: eles não destruiriam o povoado se os escravos voltassem para o trabalho. Zumbi não aceitou a proposta e organizou uma luta. Só que, em 6 de fevereiro de 1694, Palmares foi ocupado e Zumbi fugiu. Ele continuou lutando, mas morreu numa armadilha no dia 20 de novembro de 1695. 

    VOCÊ SABIA QUE… 

    - A lei que aprovou o feriado de 20 de novembro tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira? 
    - O Quilombo dos Palmares ficava num terreno cheio de barrancos e palmeiras que formavam uma muralha natural contra os portugueses? 
    - Os navios negreiros trouxeram milhões de escravos ao Brasil? 
    - Só na Bahia são usadas cerca de 5 mil palavras de origem africana.

    Fonte: http://planetasustentavel.abril.com.br/planetinha/fique-ligado/conteudo_planetinha_413207.shtml

    terça-feira, 6 de novembro de 2012

    Atualidade


    O que ocorre em um lado do planeta pode ter efeito no outro, apontam cientistas. Um exemplo é o El Niño, que produz seca no Nordeste brasileiro e chuvas intensas no Sul e cuja causa pode estar relacionada ao aquecimento do Oceano Índico (NOAA)

    Fenômenos climáticos extremos e conectados

    06/11/2012
    Por Washington Castilhos, do Rio de Janeiro
    Agência FAPESP – Teleconexões são associações remotas. O que acontece em um lado do planeta pode ter efeito no outro lado. Um exemplo é o El Niño, fenômeno climático de origem tropical provocado pelo aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico, produzindo seca no Nordeste brasileiro e chuvas intensas no Sul do Brasil, entre outros efeitos.
    Outro exemplo de teleconexão remete à origem do El Niño: a causa do fenômeno – o aquecimento do Pacífico oeste – pode estar relacionada ao aquecimento do Oceano Índico.
    Segundo José Marengo, pesquisador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a identificação de teleconexões e a análise de suas influências na circulação atmosférica podem ser úteis para a compreensão da ocorrência de eventos anômalos em várias partes do mundo.
    “Teleconexões estão associadas a causas naturais e não à influência antrópica. Em uma fase de tempo de 100 anos, podem ser observados diferentes padrões de oscilação, com efeitos sobre o clima de uma determinada região, como o El Niño, a Oscilação Decanal do Pacífico e a Oscilação do Atlântico Norte. Estamos vivendo, por exemplo, um período mais frio do Oceano Pacífico, com o Atlântico desempenhando um papel mais importante”, disse Marengo, que é membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), no Simpósio Inter-relações Oceano-Continente no Cenário das Mudanças Globais, realizado pela Academia Brasileira de Ciências (ABC) em outubro.
    Estudos recentes mostram que o El Niño tem diferentes facetas. Ao analisar os fenômenos ocorridos entre 1900 e 2012, o grupo liderado por Edmo Campos, professor do Instituto Oceanográfico (IO) da Universidade de São Paulo observou 14 eventos mais secos e 14 mais molhados.
    “A explicação para isso vem do Atlântico Sul, que tem papel determinante para saber se o El Niño será ‘seco’ ou ‘molhado’. No Atlântico ocorre uma série de fenômenos importantes para o clima global. O El Niño não depende do Atlântico, mas, a partir das relações entre este e o Oceano Pacífico, seus impactos serão diferentes”, disse Campos, que coordena projetos de pesquisa financiados pela FAPESP, como o “Impacto do Atlântico Sul na célula de circulação meridional e no clima”.
    De acordo com Campos, observações e modelos indicam que variações na célula de revolvimento meridional (em inglês Meridional Overturning Cell, MOC) estão fortemente relacionadas a importantes mudanças climáticas. Até o momento, a maior parte das observações tem se concentrado no Atlântico Norte.
    “Entretanto, estudos indicam que o Atlântico Sul não é um mero condutor passivo de massas de água formadas em outras regiões e que mudanças no fluxo de retorno da MOC no Atlântico Sul poderiam impactar significativamente o clima regional e global”, disse Campos à Agência FAPESP.
    “Dessa forma, uma MOC enfraquecida resulta em um Atlântico Sul mais quente, o que pode implicar mais chuva no Nordeste brasileiro. O El Niño passou a ter um papel mais passivo, enquanto o Oceano Atlântico tem hoje um papel mais ativo”, destacou.
    Mais em http://agencia.fapesp.br/16442

    quinta-feira, 1 de novembro de 2012


    Brasil adere à Plataforma Internacional de Informação sobre Biodiversidade

     Fonte: http://agencia.fapesp.br/16436                      
    Por Karina Toledo
    Agência FAPESP – Após mais de uma década de mobilização e expectativa de sua comunidade científica, o Brasil aderiu oficialmente à Plataforma Internacional de Informação sobre Biodiversidade (GBIF, na sigla em inglês) – maior iniciativa multilateral para tornar acessíveis na internet dados sobre biodiversidade.  A rede composta por 58 países e 46 organizações reúne informações sobre a ocorrência de espécies vegetais, animais e de microrganismos registradas em herbários, museus, coleções zoológicas e microbianas além de sistemas com dados de observação.
    protocolo de entendimento foi assinado no dia 24 de outubro pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp.
    A iniciativa insere o país – que abriga 15% da biodiversidade do planeta – em uma comunidade global que compartilha dados, informações, ferramentas, competências e experiências relacionadas à gestão dos recursos de informações biológicas. 
    A entrada do Brasil é um passo muito significativo para nós. Defendemos a visão de um mundo em que a informação sobre a biodiversidade esteja livremente e universalmente disponível para a ciência e para a sociedade. Isso requer a participação do maior número possível de países detentores de megadiversidade, como o Brasil”, disse Tim Hirsch, responsável pela comunicação do GBIF, à Agência FAPESP. Segundo Hirsh, a adesão beneficiará também o Brasil. “Com dez anos de experiência na construção de sistemas para gerenciamento de informação sobre a biodiversidade, o GBIF oferece ferramentas, treinamento e padrões para agilizar a digitalização, mobilização, descobrimento, acesso e uso dos dados”, afirmou.
    Para Carlos Alfredo Joly, coordenador do Programa BIOTA-FAPESP, o acesso a essas ferramentas é de fundamental importância para a ciência brasileira. “Permitirá, por exemplo, trabalhar com cenários de mudanças climáticas e as consequências disso na distribuição de espécies”, disse.
    Mais em http://agencia.fapesp.br/16436

    DESAFIO


    VIAGEM DO CONHECIMENTO:

    Ainda dá tempo: Inscrições para a quinta edição da maior olimpíada de Geografia do pais se incerram no dia 9 de novembro!
     
    A 10 dias do encerramento das inscrições, a quinta edição do Viagem do Conhecimento – Desafio National Geographic 2012/2013 já  registrou mais de 1.940 cadastros de escolas de todos os estados brasileiros. Para as instituições que ainda não garantiram participação de seus alunos na maior olimpíada de conhecimento geográfico-histórico do Brasil, ainda dá tempo, pois as inscrições se encerram em 9 de novembro de 2012.  Organizada pela revista NATIONAL GEOGRAPHIC BRASIL, da Editora Abril, com patrocínio da Petrobras, a Viagem do Conhecimento já reuniu mais de 1,2 milhão de estudantes nas quatro edições anteriores, com o objetivo de estimular os jovens – com seus núcleos familiares e escolares – a conhecer melhor o País e o mundo. 
     
    Podem participar alunos regularmente matriculados nos 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e na 1ª série do Ensino Médio. Para isso, basta que o diretor, coordenador pedagógico ou professor de Geografia ou História inscreva a escola no site  www.viagemdoconhecimento.com.br, onde ele também encontra o regulamento e o calendário, além de planos de aula e dicas de estudo. 
     
    A Viagem do Conhecimento é realizada em três fases.  A primeira será em 13 de novembro de 2012, na própria escola participante. A partir do dia 6 de novembro, o professor responsável deve fazer o download da prova e aplicá-la aos estudantes. Classificam-se para a fase regional todos os alunos que acertarem 18 ou mais questões. No dia 2 de março de 2013, a segunda prova acontece em centenas de escolas-sedes distribuídas por todos os Estados brasileiros, além do Distrito Federal. Qualquer instituição de ensino pode se candidatar a sede regional, desde que preencha uma ficha no site. Nessa fase, a Editora Abril imprime e envia as provas para as escolas.

    ATUALIDADE

    FURACÃO SANDY - Tempestade deve entrar para livro dos recordes.

    Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/10/sandy-passou-de-furacao-para-ciclone-ao-tocar-solo-dos-eua-entenda.html

    Fenômeno teve início no Caribe, atingindo Cuba, Jamaica e Haiti.

    Imagem de satélite mostra Sandy sobre a Costa Leste dos EUA nesta terça-feira (30) (Foto: AP)
    O furacão Sandy, que tocou a Costa Leste dos Estados Unidos nesta segunda-feira (29) e que já matou pelo menos 15 pessoas no país e uma no Canadá, se aproximou da região continental norte-americana classificado como furacão de categoria 1, tendo sido "rebaixado" para ciclone extra-tropical assim que tocou o solo -- o que não retirou seu poder destrutivo.
    O fenômeno teve origem na região do Caribe e, antes de castigar os EUA, afetou áreas da Jamaica, de Cuba e do Haiti, provocando ao menos 67 mortes.
    Mas como nasce um furacão e como funciona sua categorização? O meteorologista Marcelo Schneider, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), explica que o fenômeno climático é resultado da combinação de alta temperatura na superfície do oceano, elevada quantidade de chuvas e queda da pressão do ar (sistema que favorece uma subida mais rápida do ar e uma constante evaporação da água do mar).

    "Esse sistema costuma se formar em áreas próximas à Linha do Equador. Sem ventos inicialmente, o calor do oceano (2 ºC a 3 ºC acima do normal) provoca uma evaporação rápida da água, formação de nuvens e de chuva. Com a precipitação, a temperatura ao redor da nuvem aquece e provoca uma queda da pressão atmosférica na superfície do mar. Na prática, isso provoca ventos favoráveis à formação de chuva", disse.

    Ele explica ainda que, com a queda da pressão do ar, os ventos se intensificam e começam a se movimentar no oceano (em espiral), podendo atingir o continente.
    Imagem de satélite mostra Sandy sobre a Costa Leste dos EUA nesta terça-feira (30) (Foto: AP)